terça-feira, 20 de maio de 2014

Museu revela trajetória e inserção do negro na região sul-fluminense do Rio de Janeiro



Projeto idealizado e mantido por seu Walmiro Fabiano traz referências de pessoas negras em diferentes setores das sociedades da região


Utensílios domésticos de época, recortes de jornais, relíquias centenárias - como uma cadeira de madeira retalhada de 1891 – são peças do acervo do Museu da Memória do Negro, na Vila da Independência, em
Utensílios domésticos, recortes de jornais, relíquias centenárias
 fazem o acervo do Museu em Barra Mansa
Barra Mansa, no Rio de Janeiro. Trata-se de um ponto de memória, organizado e mantido por seu Walmiro Fabiano, 64, para garantir aos jovens que visitam o espaço conhecimento sobre a presença dos afro-brasileiros na região sul-fluminense do estado.

A ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, visitou o espaço sexta-feira, 15, quando cumpria agenda no interior do Rio de Janeiro. “Iniciativas como a de seu Walmiro são muito importantes para as novas gerações conhecerem a história do negro e a sua contribuição para o desenvolvimento desse estado e do país”, afirmou a chefe da SEPPIR, que na ocasião recebeu uma homenagem da Câmara de Vereadores de Barra Mansa em reconhecimento pela sua luta pela promoção da igualdade racial.

Instalado numa área destacada da casa de seu Walmiro, o Museu tem como linha temática a inserção do negro nas sociedades da região sul-fluminense, a partir da retração do pioneirismo das personagens negras em diferentes setores. A comendadora Maria das Dores Sacchi de Souza é uma das homenageadas do ponto de memória, cuja criação, segundo o seu idealizador, foi inspirada em seus ancestrais, muitos deles africanos escravizados no Brasil.

Atualmente, seu Walmiro se encontra acamado, mas sem perder o entusiasmo pelo projeto que contagiou o filho de mesmo nome. Gerente de Igualdade Racial de Barra Mansa, Walmiro Filho está criando o site do Museu da Memória do Negro para ampliar a divulgação da ideia. “A luta pela igualdade racial não é fácil e requer muito esforço de quem atua nessa área, mas as conquistas são muito valiosas”, afirmou o jovem de 32 anos, lembrando a declaração da ministra na abertura da III Conferência de Promoção da Igualdade Racial em Brasília, no mês de novembro do ano passado: “Se não está preparado para a luta não venha. Só venha se estiver preparado”.

Fonte:  SEPPIR

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