sexta-feira, 8 de novembro de 2013

“Mapa da população segundo cor e raça” é lançado durante a III CONAPIR

Produto mostra a distribuição percentual da população negra no Brasil, com foco nos indicadores socioeconômicos

As áreas mais escuras são as que apresentam maior
concentração (percentual)  de pessoas que se autodeclaram como pretas ou pardas
O “Mapa da Distribuição Espacial da População, segundo a cor ou raça – Pretos e Pardos” foi lançado hoje (7), durante a III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (III CONAPIR). Fruto da cooperação técnica entre a SEPPIR e o IBGE, o produto mostra a distribuição percentual da população negra no país, com base no Censo Demográfico de 2010.
O Termo de Cooperação assinado entre os dois órgãos prevê o desenvolvimento de estudos sociodemográficos e análises espaciais, além da inclusão de informações sobre áreas quilombolas na base territorial do IBGE.
“A representação espacial permite ver padrões socioeconômicos, colaborando para a implementação das políticas públicas de acordo com as necessidades de cada região”, destaca o assessor do IBGE, José Sena. No Distrito Federal, por exemplo, as localidades com maioria da população branca apresentam renda per capita superior, quando comparadas às áreas nas quais os negros estão em maior número.
As desigualdades se repetem em outras unidades da federação. No Rio de Janeiro, os bairros das classes A e B contrastam com as favelas, estas últimas compostas por maioria afro-brasileira. No Rio Grande do Sul, existem territórios de quilombos urbanos que se encontram em condições socioeconômicas visivelmente inferiores àS mansões vizinhas, entre outros exemplos.
Neste contexto, o especialista em políticas públicas da SEPPIR, Artur Sinimbu, afirma que os mapas tornam a visualização dos indicadores mais fácil, tornando-os acessíveis, podendo ser usados como ferramentas de participação social. “Uma comunidade pode utilizar as informações disponíveis no mapa para mostrar que seus direitos estão sendo desrespeitados, para reivindicar a implementação de políticas eficientes”, complementa.



Fonte: Portal III Conapir

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