quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Instituições parceiras movimentam espaço para exposição de ações pela igualdade racial

Quarenta instituições mostram suas iniciativas pela promoção da igualdade racial. Entre elas, Petrobras, Banco do Brasil, CEF, Sebrae, Secretaria Geral, Fundação Cultural Palmares e a própria SEPPIR, cujo estande abordou os 10 anos do órgão e da institucionalização da política de promoção da igualdade racial

Edcleide Martins e Kelly Bernardo jamais imaginaram tanto movimento no estande da Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura (FCP/MinC). O material se esgotava antes que a manhã se fechasse e, para a parte da tarde, novo lote de caixas teria que ser trazido para reposição nas prateleiras. A instituição figura entre as 40 que povoam o espaço de exposição da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (III CONAPIR), no Centro de Convenções e Eventos Brasil 21, em Brasília.

“Acho que o Joel Zito deve estar bem satisfeito de ver o interresse das pessoas pelas suas obras”, declararam as jovens, se referindo a uma das peças em exposição no estande da Palmares. Entre outras produções audiovisuais, Joel Zito Araújo é autor de O Negro na TV Pública, assim como de Raça: um filme sobre a igualdade, em exibição no Espaço Zezé Motta da Conferência.

O entusiasmo das duas monitoras não foi responsável, sozinho, pela distribuição de cinco publicações que a Palmares disponibilizou na III CONAPIR, que será encerrada hoje (07/11), com a consolidação de diretrizes para a política de igualdade racial nos próximos anos. O esgotamento das obras revela um pouco do que vem acontecendo também, desde a abertura do evento na terça-feira (05/11), nos estandes dos outros expositores.

A Secretaria Geral da Presidência da República não se limitou à entrega de material instrutivo. Assim como os programas do governo voltados para o enfrentamento de entraves à implantação de políticas de promoção da igualdade não estão apenas nos títulos e folders, mas, também, no discurso dos servidores destacados para a tarefa de orientar e estimular os interessados à leitura mais eficiente da produção gráfica do órgão.

Conheça mais - O Ciclo de Palestras Conheça Mais – Cultura Afro-brasileira: Nosso Patrimônio, uma das peças de maior saída na exposição serviu de plataforma para interagirmos mais com instituições não governamentais que lidam com esta temática coordenada pela SEPPIR/PR. A maioria das pessoas buscou orientação sobre programas de alfabetização, dados do Índice de Desenvolvimento Humano, informes sobre enfrentamento à violência.

Um dos mais procurados entre os programas de governo que tratam da temática racial, o Plano Juventude Viva despertou o maior interesse de técnicos e gestores municipais na III CONAPIR. Direcionado para a prevenção da violência contra jovens negros, o Plano é uma articulação interministerial coordenada pela Secretaria Nacional da Juventude, da Secretaria Geral, e pela SEPPIR, órgãos da Presidência da República. 

No estande do Banco do Brasil, o jogador da Seleção Brasileira de Voleibol, Anderson Rodrigues, viveu um pouco da maratona de compromissos fora das quadras do esporte que o notabilizou mundialmente. Atleta negro, admirado por torcedores de todas as faixas de idade, Anderson considerou única a oportunidade de poder interagir com o público da III CONAPIR.

“Nos últimos anos, o Brasil conseguiu resultados expressivos no esporte, mas há muito o que melhorar”, declarou o atleta que aposta nos jogos olímpicos e na Copa do Mundo Fifa como eventos esportivos impulsionadores de uma nova consciência sobre a relação dos jovens com o esporte.

Mulheres negras contam suas histórias
Uma das sensações da Exposição foi o estande da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), que abriu uma sessão de autógrafos para as 14 vencedoras do Prêmio Mulheres Negras Contam sua História. Iniciativa da SPM e da SEPPIR, o prêmio contou com a participação de 521 inscritas e resultou em um livro com os textos selecionados, que foi lançado na III CONAPIR. “Outras mulheres virão para dar continuidade ao que essas guerreiras iniciaram”, declarou Claudenir de Souza.

Expositora de uma das editoras pioneiras na abordagem da temática racial, Adriana Brito considera que “a busca por obras técnicas e acadêmicas, entre outros estilos, não está tão grande quanto a procura por produções oficiais que abordam programas afirmativos ou que explicam a importância da luta pela igualdade”.

Na diversidade da Exposição, Rodrigo Faria, responsável pelo estande da SEPPIR/PR, fez um depoimento diferente. Analista Técnico de Políticas Sociais, o servidor disse que fica mais próximo das políticas públicas ao participar da Conferência. “As pessoas que interagem - tanto quem busca informação, quanto o expositor da SEPPR - geram uma sinergia nessa troca, que é passageira, mas muito eficiente”, declarou.




Fonte: SEPPIR

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