Quarenta
instituições mostram suas iniciativas pela promoção da igualdade
racial. Entre elas, Petrobras, Banco do Brasil, CEF, Sebrae,
Secretaria Geral, Fundação Cultural Palmares e a própria SEPPIR,
cujo estande abordou os 10 anos do órgão e da institucionalização
da política de promoção da igualdade racial
Edcleide
Martins e Kelly Bernardo jamais imaginaram tanto movimento no estande
da Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura (FCP/MinC).
O material se esgotava antes que a manhã se fechasse e, para a parte
da tarde, novo lote de caixas teria que ser trazido para reposição
nas prateleiras. A instituição figura entre as 40 que povoam o
espaço de exposição da III Conferência Nacional de Promoção da
Igualdade Racial (III CONAPIR), no Centro de Convenções e Eventos
Brasil 21, em Brasília.
“Acho que o Joel Zito deve estar
bem satisfeito de ver o interresse das pessoas pelas suas obras”,
declararam as jovens, se referindo a uma das peças em exposição no
estande da Palmares. Entre outras produções audiovisuais, Joel Zito
Araújo é autor de O Negro na TV Pública, assim como de Raça: um
filme sobre a igualdade, em exibição no Espaço Zezé Motta da
Conferência.
O entusiasmo das duas monitoras não foi
responsável, sozinho, pela distribuição de cinco publicações que
a Palmares disponibilizou na III CONAPIR, que será encerrada hoje
(07/11), com a consolidação de diretrizes para a política de
igualdade racial nos próximos anos. O esgotamento das obras revela
um pouco do que vem acontecendo também, desde a abertura do evento
na terça-feira (05/11), nos estandes dos outros expositores.
A
Secretaria Geral da Presidência da República não se limitou à
entrega de material instrutivo. Assim como os programas do governo
voltados para o enfrentamento de entraves à implantação de
políticas de promoção da igualdade não estão apenas nos títulos
e folders, mas, também, no discurso dos servidores destacados para a
tarefa de orientar e estimular os interessados à leitura mais
eficiente da produção gráfica do órgão.
Conheça
mais -
O Ciclo de Palestras Conheça Mais – Cultura Afro-brasileira: Nosso
Patrimônio, uma das peças de maior saída na exposição serviu de
plataforma para interagirmos mais com instituições não
governamentais que lidam com esta temática coordenada pela
SEPPIR/PR. A maioria das pessoas buscou orientação sobre programas
de alfabetização, dados do Índice de Desenvolvimento Humano,
informes sobre enfrentamento à violência.
Um dos mais
procurados entre os programas de governo que tratam da temática
racial, o Plano Juventude Viva despertou o maior interesse de
técnicos e gestores municipais na III CONAPIR. Direcionado para a
prevenção da violência contra jovens negros, o Plano é uma
articulação interministerial coordenada pela Secretaria Nacional da
Juventude, da Secretaria Geral, e pela SEPPIR, órgãos da
Presidência da República.
No estande do Banco do
Brasil, o jogador da Seleção Brasileira de Voleibol, Anderson
Rodrigues, viveu um pouco da maratona de compromissos fora das
quadras do esporte que o notabilizou mundialmente. Atleta negro,
admirado por torcedores de todas as faixas de idade, Anderson
considerou única a oportunidade de poder interagir com o público da
III CONAPIR.
“Nos últimos anos, o Brasil conseguiu
resultados expressivos no esporte, mas há muito o que melhorar”,
declarou o atleta que aposta nos jogos olímpicos e na Copa do Mundo
Fifa como eventos esportivos impulsionadores de uma nova consciência
sobre a relação dos jovens com o esporte.
Mulheres
negras contam suas histórias
Uma
das sensações da Exposição foi o estande da Secretaria de
Políticas para as Mulheres (SPM), que abriu uma sessão de
autógrafos para as 14 vencedoras do Prêmio Mulheres Negras Contam
sua História. Iniciativa da SPM e da SEPPIR, o prêmio contou com a
participação de 521 inscritas e resultou em um livro com os textos
selecionados, que foi lançado na III CONAPIR. “Outras mulheres
virão para dar continuidade ao que essas guerreiras iniciaram”,
declarou Claudenir de Souza.
Expositora de uma das editoras
pioneiras na abordagem da temática racial, Adriana Brito considera
que “a busca por obras técnicas e acadêmicas, entre outros
estilos, não está tão grande quanto a procura por produções
oficiais que abordam programas afirmativos ou que explicam a
importância da luta pela igualdade”.
Na diversidade da
Exposição, Rodrigo Faria, responsável pelo estande da SEPPIR/PR,
fez um depoimento diferente. Analista Técnico de Políticas Sociais,
o servidor disse que fica mais próximo das políticas públicas ao
participar da Conferência. “As pessoas que interagem - tanto quem
busca informação, quanto o expositor da SEPPR - geram uma sinergia
nessa troca, que é passageira, mas muito eficiente”, declarou.
Fonte: SEPPIR
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