O grupo 'Guardas do Congado’ deu o tom da cerimônia de reinauguração do José Bonifácio |
Fundado em 1877 como primeira escola pública da América Latina, o palacete reinaugurado com participação da ministra Luiza Bairros reabre com a exposição ‘SEPPIR 10 – Uma Década de Igualdade Racial’, que fica em cartaz até 2 de janeiro de 2014
O estampido dos tambores do grupo mineiro ‘Guardas do Congado’ deu o tom da cerimônia de reinauguração do Centro Cultural José Bonifácio, casarão do Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana no Rio de Janeiro. O ato de entrega do palacete do século XIX à comunidade carioca marcou o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra no 20 de Novembro, e contou com a participação da ministra Luiza Bairros (Igualdade Racial) e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paz.
Segundo a ministra, a reinauguração do Centro Cultural é a primeira de muitas iniciativas que serão adotadas pela parceria da prefeitura com a SEPPIR para alavancar a promoção da igualdade racial no Rio. “De maneira que as ações nessa área alcancem o patamar da importância e da amplitude da presença da população negra na capital carioca”, afirmou a chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), que saudou as representações da sociedade civil através de Dulce Vasconcelos, que é presidenta do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro - Condedine.
O prefeito Eduardo Paz falou sobre a importância do 20 de Novembro como uma data para a reflexão e o debate a respeito da condição da pessoa negra na sociedade brasileira e destacou que o José Bonifácio reabre sob a coordenação da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, mantendo o compromisso de preservar e valorizar a cultura afro-brasileira.
Centro Cultural José Bonifácio – O casarão integra o Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana, um conjunto de espaços marcantes para a memória da cultura afro-brasileira, do qual fazem parte também o Cais do Valongo, os Jardins do Valongo, a Pedra do Sal, o Largo do Depósito e o Instituto Pretos Novos.
Situado na rua Pedro Ernesto, n° 80, Gamboa, o palacete foi inaugurado em 1877 como primeiro colégio público da América do Sul. Hoje, também conhecido como Centro de Memória e Documentação Brasileira, é sede do Centro de Referência da Cultura Afro-brasileira, único no gênero na América Latina.
Reaberto, o José Bonifácio vai intensificar sua vocação como centro de referência da cultura afro-brasileira. Equipado com biblioteca, área para concertos, o espaço também oferece cursos, feira de livros, exibição de filmes e vídeos, oficinas de arte, seminários, exposições e espetáculos teatrais e musicais, além de estabelecer intercâmbio com instituições similares do país e do exterior. Em suas instalações funcionam a Galeria de Arte Heitor dos Prazeres; o Teatro Ruth de Souza, com capacidade para 150 espectadores; e o espaço Cine Vídeo Grande Othelo, com 60 lugares.
SEPPIR 10
Restaurado, o Centro Cultural José Bonifácio reproduz a exposição ‘SEPPIR 10 – Uma Década de Igualdade Racial’, que fica em cartaz até o dia 2 de janeiro de 2014. Lançada no mês de novembro, em Brasília, durante a III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, a mostra proporciona um passeio pelas ações desenvolvidas nos últimos dez anos pela SEPPIR, parceiros governamentais e entidades da sociedade civil, em torno das políticas de promoção da igualdade racial e questões a elas relacionadas. A abordagem do tema é feita por meio da compilação de cartazes, banners, publicações, fotografias, entre outros materiais gráficos.
Fonte: SEPPIR
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