Parceria com a ONG Casa Arte de Viver fará um registro social e cultural da região
O Governo do Estado, em parceria com a ONG Casa Arte de Educar, está iniciando o projeto Memória da Mangueira, com objetivo de mapear social e culturalmente a comunidade, localizada na zona Norte da cidade. Durante toda a execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, na Mangueira, 20 adolescentes da região vão registrar em textos, fotos, entrevistas e vídeos, o ‘antes’, o ‘agora’ e o ‘depois’ das intervenções.
Os trabalhos realizados em campo, no contraturno escolar e acompanhados por técnicos do PAC Social, psicólogos, pedagogos e assistentes sociais, darão origem a um livro, que abordará personagens históricos e originais do Complexo da Mangueira. Durante o projeto, os jovens, na faixa etária de 10 a 16 anos, terão aulas de técnicas fotográficas para a elaboração de registro em imagens.
- A elaboração dos projetos tem que estar sempre em sintonia com os desejos e experiências da comunidade trabalhada. Para isso, temos uma equipe especializada do PAC Social, coordenada pela arquiteta Ruth Jurberg – afirmou o presidente da Empresa de Obras Púbicas do Rio de Janeiro (Emop), Ícaro Moreno Júnior.
- Não há ninguém melhor que estes jovens, atores sociais do processo de reconfiguração do local, para nos ajudar a identificar, resgatar e criar uma memória do que será a comunidade neste processo de intervenções – disse a coordenadora do trabalho técnico social da Emop, Maria Gabriela Bessa.
A ONG Casa Arte de Educar é responsável pela criação de uma tecnologia social – a Mandala dos Saberes – voltada para a ampliação do diálogo entre cultura e educação, entre escolas e seus territórios, valorizando formulações pedagógicas estruturadas a partir das trocas entre os saberes populares e os saberes acadêmicos. A pesquisa busca a identificação das necessidades e memória da comunidade, por meio da identificação de casas, vielas, comércios, serviços e lideranças da região.
- Dividimos todo o complexo da Mangueira em sub-bairros para que os jovens possam fazer um levantamento social e cultural da comunidade, explorando também as potencialidades de cada um. A história do local, suas raízes, dados sócio-geográficos e cultura revelam aspectos esquecidos, que, ao ser resgatados, contribuem para a autoestima dos seus habitantes. A riqueza cultural desse complexo não se limita ao legado do samba - afirmou a coordenadora da ONG, Rosi Carol Silva.
Atenta às técnicas de fotografia ministradas pelos educadores da Emop, a estudante Laila Andrade, 15 anos, comemora a chance de conhecer melhor a comunidade onde vive desde que nasceu.
- Está sendo muito interessante conhecer de perto a história e os personagens que influenciam diretamente a comunidade. Adorei fazer o levantamento com os moradores e descobrir a origem do nome de algumas ruas – disse Laila.
Eu não sabia muitas coisas sobre o lugar onde vivo, apesar de conhecer bem os locais. Estou redescobrindo minha história e não vejo a hora de começar a fotografar – afirmou o estudante e morador da Mangueira, Emerson Pereira, de 14 anos.
O PAC 2 da Mangueira, que será gerenciado e fiscalizado pela Emop, vinculada à Secretaria de Obras, está em análise final de apreciação na Caixa Econômica Federal. Com recursos de R$ 170 milhões, as obras deverão entrar em licitação até o fim deste ano, com previsão de início no primeiro semestre do ano que vem.
Fonte: Portal Governo do Estado do Rio de Janeiro
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