COMUNIDADE QUILOMBOLA EM “DESCONSTRUINDO A
HISTÓRIA”
Segunda edição do projeto leva cultura aos
moradores de Santana
A prefeitura de
Quatis, por meio de uma parceria entre as secretarias de Assistência Social e
Direitos Humanos, de Educação, de Esporte e Lazer, de Saúde e de Cultura e
Turismo, está realizando essa semana o II Desconstruindo a História, um projeto
que tem como objetivo discutir junto à população de Santana, as políticas
públicas disponíveis para a Comunidade Quilombola.
A abertura da
segunda edição do Desconstruindo a História, aconteceu na segunda-feira, às 10
horas da manhã, na Escola Municipal de Santana e contou com presenças ilustres,
dentre as quais, o Defensor Público da União, José Roberto Fani Tambasco.
Para o prefeito
de Quatis, José Laerte d’Elias, o Desconstruindo a História valoriza a cultura
dos moradores da Comunidade dos Remanescentes do Quilombo. “São poucas
comunidades como essa no Brasil. Preservar e divulgar essa cultura é
enriquecimento para toda a sociedade”, disse o prefeito.
“Um projeto como este aumenta a auto-estima dos moradores e valoriza a cultura”, prefeito José Laerte d’Elias. ( Presidente do PMDB em Quatis)
Escola Municipal de Santana |
13 DE MAIO NO QUILOMBO DE SANTANA.
Na segunda-
feira, dia 14 de maio, o vice- prefeito, professor Hélio Ricardo abriu o
II Desconstruindo a História firmando o
compromisso com a comunidade.
“Todos temos em
mente o que chamamos de modelo ideal. E sempre queremos inserir esse modelo
ideal na cabeça das outras pessoas. O que ocorre é que nenhum modelo, por mais
perfeito que seja, pode ser trazido para uma comunidade tão específica como
Santana. Isso porque a Comunidade de Santana, como tantas outras, cada um com
as suas especificidades, é única”, disse ele, explicando que o projeto ideal de
políticas públicas quilombola está sendo construído em parceria com a
comunidade de acordo com as suas necessidades.
“A construção de uma sociedade
verdadeiramente justa e solidária exige o reconhecimento da diversidade
existente em cada ser humano e essa realidade tem que ser levada à Comunidade
dos Remanescentes do Quilombo também”. Professor Hélio.
Quando do seu discurso, a secretária de Educação, Aldjane
Prata, pontuou algumas das muitas dificuldades enfrentadas pela equipe durante
a organização do evento. Segundo ela, houve muitos problemas, até que fosse
concretizado o sonho de proporcionar aos alunos de Santana uma escola funcional.
“Um dos nossos grandes desafios foi encontrar professores dispostos
a dar aula em Santana. Hoje
isso é uma realidade: temos professores de qualidade e atenciosos, que vestem a
camisa da comunidade”, disse ela. “Outra dificuldade foi conseguir fazer o
funcionamento da escola ser integral, porque isso demandaria a necessidade de oferecer
aos alunos uma refeição compatível com o horário. Atualmente, é possível dizer
que, mesmo com poucos recursos, a prefeitura cumpriu mais essa meta”,
acrescentou Aldjane Prata, emocionada.
“Nós somos ‘negos’!Preto, afro, negro e ‘negos’ é a mesma coisa”
- Miguel Francisco – Líder da Comunidade de Santana.
Miguel Francisco e dona Olga, representantes da comunidade,
emocionaram o público com suas falas simples, mas cheias de sentimentos.
“Eu me sinto feliz e
mais seguro porque temos uma administração que olha e luta pela nossa causa,
com pessoas que conhecem e vivem nossa história” disse Miguel.
DIREITOS QUILOMBOLAS
O Defensor Público da
União, José Roberto Fani Tambasco, participou da abertura do
II Desconstruindo a História
e fez uma fala especial
para as crianças de Santana.
O Defensor explicou com propriedade sobre
a formação dos quilombos, o significado das capelas quilombolas e abordou
questões como a TITULAÇÃO DE TERRAS DOS REMANESCENTES
“Vocês precisam aprender a história de vocês, precisam aprender a ter
orgulho do passado de vocês, de suas descendências e origens. Essa terra é
herança de todos vocês”, disse o Defensor aos moradores da Comunidade
Quilombola.
TITULAÇÃO DE TERRAS
O Defensor Público da União explicou aos presentes sobre as titulações
de terras quilombolas no Brasil. Segundo ele, pode haver mudanças legislativas
referente ao Decreto Quilombola “Essas mudanças podem acontecer, porque no dia 18
de abril, o Supremo Tribunal Federal começou a julgar
uma ação proposta
pelo partido Democratas contra um decreto que regulamentou o reconhecimento das
terras quilombolas. Essa sessão foi suspensa sem resultado. O STF deve marcar
uma nova data para que o assunto volte à discussão”, explicou Tambasco.
Por Bia Pias
Assessora de Imprensa PMDB AFRO ESTADUAL RIO DE JANEIRO
NOSSO BLOG ESTA BOMBANDO VAMOS COM TUDO PMDB AFO RJ .
ResponderExcluirIsto que acontece no Quilombo de Santana é exemplo de construção da própria história. É a forma correta de procurar o progresso do povo negro.
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